O governador da Paraíba, João Azevêdo, abriu o 2º Festival Literário Internacional da Paraíba (FliParaíba 2025) com uma reflexão sobre a importância do espaço cultural para a história do povo. Azevêdo questionou por que um espaço que conta a própria história não seria acessível à população, enfatizando a cultura como uma prioridade nas políticas públicas e a defesa da democracia.
Durante o evento, ele expressou o desejo de tornar João Pessoa a “capital que nasce primeiro” e a “criatividade do Brasil no turismo,” destacando investimentos em infraestrutura, segurança e qualidade de vida. O governador mencionou que foram alocados R$ 138 milhões para a recuperação do Centro Histórico, o que, segundo ele, tem transformado a relação da população com os locais de memória na cidade.
Azevêdo também abordou a necessidade de defender e discutir a democracia, afirmando que as conquistas devem ser preservadas e nunca recuadas. Esse tema será um dos focos nas mesas de debate durante o festival.
O curador do evento, José Manuel Diogo, enfatizou a diversidade da programação, que conta com a participação de escritores de diferentes países lusófonos, como Portugal, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Ele apontou que a democracia é um tema urgente, não apenas no Brasil, mas globalmente, e pediu uma reflexão sobre como a tecnologia pode ajudar na disseminação do conhecimento e na valorização da identidade cultural.
Alberto Santos, secretário de Estado da Cultura de Portugal, também marcou presença no evento, destacando a importância de celebrar a literatura em português. Ele comparou a língua a um “grande arquipélago,” cheio de diferentes sonoridades. Santos alertou sobre os desafios da era digital, onde a valorosa contribuição dos livros e autores é frequentemente negligenciada, ressaltando a necessidade de promover a humanização neste contexto.
O secretário de Cultura da Paraíba e coordenador do FliParaíba 2025, Pedro Santos, destacou a relevância de realizar o festival no Centro Histórico, que está em processo de recuperação. Com um investimento de R$ 138 milhões, 58 imóveis estão sendo restaurados, e a ideia é que o espaço seja ocupado pela cultura, fortalecendo a memória coletiva, o turismo e a participação cidadã. Ele também reiterou a importância das discussões sobre democracia, enfatizando a necessidade de valorizar a liberdade e as conquistas sociais.