O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou na terça-feira, 4 de outubro, uma nova versão do site Nomes do Brasil. Essa plataforma oferece informações abrangentes sobre nomes e sobrenomes registrados no país, utilizando dados coletados durante o Censo Demográfico de 2022. O site é uma ferramenta útil para quem deseja descobrir quantas pessoas têm o mesmo nome, onde vivem e o significado de seus nomes.
Um dos principais destaques do levantamento é o nome mais comum no Brasil, que continua sendo Maria, com 12,2 milhões de registros. Em segundo lugar está José, com 5,1 milhões, seguido por Ana, que conta com quase 4 milhões de registros. No total, a pesquisa catalogou 128.458 nomes diferentes em todo o território nacional.
O nome Maria, que é popular desde 1940, pode ter origem no hebraico Miriam, significando “vidente” ou “senhora soberana”. Existem também outras teorias, que sugerem raízes no sânscrito, onde Maryáh representa “pureza”, e no egípcio antigo, onde mry significa “amada”. Além de seu significado etimológico, o nome tem um forte simbolismo religioso, ligado à maternidade e à devoção cristã.
Assim como Maria é a escolha favorita entre os nomes femininos, José se destaca como o nome masculino mais comum. Derivado do hebraico Yosef, que significa “aquele que acrescenta” ou “Deus multiplica”, José tem variações em diversos idiomas, como Joseph em inglês e Giuseppe em italiano. A popularidade desse nome no Brasil está relacionada à tradição cristã, especialmente à figura de São José.
Além dos nomes tradicionais, o levantamento trouxe uma série de nomes modernos que apareceram pela primeira vez no censo, como Ravi, Valentina, Theo, Lorenzo, Eloa, Lívia e Gael. Estes nomes têm ganhado popularidade especialmente a partir da década de 2020, refletindo uma tendência de optar por combinações curtas e sonoras.
O site Nomes do Brasil permite comparações entre a frequência de nomes por década, estado ou município, além de possibilitar a comparação com dados de outros países, por meio de um mapa interativo. O banco de dados é extenso, com informações sobre 203 milhões de pessoas em 90,7 milhões de domicílios, abrangendo todos os 5.570 municípios do país.
A pesquisa também revela que nomes clássicos como João, Antônio, Francisco e Pedro permanecem populares, cada um com mais de 1,6 milhão de registros. Esses dados evidenciam tanto a religiosidade quanto as influências históricas e regionais que contribuíram para a formação da identidade dos brasileiros.
Os dez nomes mais populares no país, segundo o Censo de 2022, são:
1. Maria: 12.284.478 (6,05%)
2. José: 5.164.752 (2,54%)
3. Ana: 3.948.650 (1,94%)
4. João: 3.430.608 (1,69%)
5. Antônio: 2.241.094 (1,10%)
6. Francisco: 1.665.494 (0,82%)
7. Pedro: 1.624.478 (0,80%)
8. Carlos: 1.474.492 (0,73%)
9. Lucas: 1.341.525 (0,66%)
10. Luiz: 1.335.098 (0,66%)
Essa nova ferramenta do IBGE enriquece o entendimento sobre a diversidade de nomes no país e suas raízes históricas e culturais.