Denise Fraga Fala Sobre a Personagem Gilda e suas Reflexões sobre a Vida
A atriz Denise Fraga compartilha suas experiências ao interpretar a personagem Gilda, que traz uma conexão pessoal com sua própria mãe. Segundo Denise, Gilda tem características que lembram sua mãe, que era incisiva e, em certos momentos, expressava o desejo de morrer. Para a atriz, a história escrita pelo roteirista Paolo capta a complexidade dessa mulher que, apesar de querer sair da vida, valoriza os momentos de existência.
Denise comenta que o roteiro a cativou imediatamente. “Quero fazer isso”, disse ela, enfatizando a maneira como Gilda retrata a busca por significado e a importância de não desperdiçar o tempo. A personagem ensina sobre a necessidade de prestar atenção à própria vida e de usar a criatividade para viver de forma mais plena, em vez de se deixar levar pela rotina pesada dos compromissos diários, como boletos e trabalho.
Um dos diálogos marcantes do filme ocorre quando Amadeu, interpretado pelo ator português João Nunes Monteiro, pergunta a Gilda sobre quem ela gostaria que visitasse seu túmulo. A resposta dela revela seu espírito vivaz: ela diz que não importa se são homens ou mulheres, desde que levem consigo um copo de vinho e um cigarro. Isso mostra que, mesmo lidando com a morte, Gilda aprecia a vida.
Denise relembra uma experiência em um festival na Arábia Saudita, onde um jovem da plateia, durante um debate, expressou que estava torcendo para que Gilda, uma personagem com a qual ele se importava, morresse. Para a atriz, esse tipo de feedback do público é valioso, pois mostra como uma obra pode ser reinterpretada e como a audiência se conecta com as histórias contadas. “O público reconta a história que você contou”, afirma ela.
Essa interação profunda entre a personagem e o público rica em emoções e reflexões sobre a vida e a morte é um dos aspectos que tornam a obra especial.