sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
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Parahyba e suas histórias, por Sérgio Botelho

Redação DDBNews
Redação DDBNews EM 26 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 05:08

Paraíba – No início do século XX, um grupo de mulheres corajosas desafiou o patriarcalismo vigente na Paraíba. Entre elas, destaca-se Albertina Correia Lima, uma figura importante na luta pelos direitos femininos. Nascida em João Pessoa em 25 de dezembro de 1889, Albertina foi parte de uma geração que buscou espaços através da educação e da participação pública.

Ela foi uma das fundadoras da Associação Paraibana para o Progresso Feminino, que se ligava à Associação Brasileira para o Progresso Feminino, liderada por Bertha Lutz, uma das pioneiras do feminismo no Brasil. Albertina formou-se professora pela Escola Normal em 1912 e trabalhou em diversas instituições de ensino da capital, onde a educação era uma das poucas áreas onde as mulheres podiam atuar, mesmo sob vigilância.

Na década de 1930, Albertina concluiu o curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, ampliando sua atuação no âmbito jurídico. Sua contribuição à cultura e à memória da Paraíba é refletida em sua participação no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e na Associação Paraibana de Imprensa.

Um de seus trabalhos mais significativos foi o texto “A mulher e seus direitos em face de nossa legislação”, publicado no jornal A União em 1933. Nesse artigo, e em uma leitura feita por rádio, Albertina abordou a posição da mulher frente às leis e às normas sociais, afirmando sua voz e seus direitos sem pedir licença.

Albertina Correia Lima faleceu em 18 de março de 1975, mas sua influência permanece. Ela não foi uma figura de vitrine, mas uma mulher de ideias e ações que trabalhou para que as vozes femininas fossem ouvidas na sociedade dominada por homens. Sua história é um exemplo de coragem e determinação, mostrando que o caminho para os direitos das mulheres foi pavimentado por pessoas como ela.

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