Uma leoa chamada Leona, que esteve envolvida em um incidente que resultou na morte de um homem no Parque Arruda Câmara, também conhecido como Bica, em João Pessoa, não será sacrificada. O parque confirmou em suas redes sociais que a eutanásia do animal não foi considerada em nenhum momento.
Um médico veterinário do parque, Thiago Nery, informou que Leona passou por um processo de treinamento ao longo dos anos, o que permitiu que ela seguisse comandos da equipe e retornasse a um local seguro. Contudo, após a invasão do recinto, a leoa apresentou sinais significativos de estresse e choque, o que atrasou sua volta ao local de manejo.
O veterinário ressaltou que as instalações do parque possuem normas de segurança acima do padrão, com cercas de mais de 6 metros de altura e barreiras que dificultam a escalada. Ele afirmou que, de acordo com as circunstâncias, Leona agiu em defesa do seu território e que não havia evidências de que ela estivesse mal alimentada.
O acontecimento trágico ocorreu na manhã de domingo, quando Gerson de Melo Machado, um homem diagnosticado com esquizofrenia, invadiu o espaço onde a leoa estava. Ele acabou falecendo devido aos ferimentos causados pelo animal.
Após o ataque, Leona foi avaliada pela equipe técnica do parque, que confirmou sua saúde e a ausência de alterações no seu comportamento, assegurando que ela continua a receber cuidados.
A Prefeitura de João Pessoa caracterizou a ação do homem como uma invasão deliberada, já que ele escalou diversas barreiras de proteção para entrar na área restrita da leoa. A administração expressou pesar pela morte e solidariedade à família da vítima, ressaltando que o acesso ao recinto foi possível apenas pela insistência do invasor em superar as medidas de segurança.
Como consequência do ocorrido, o parque permanecerá fechado até que as investigações da Secretaria de Meio Ambiente sejam concluídas.