A Polícia Civil está investigando a morte de um motociclista aposentado de 66 anos, atropelado na madrugada de Natal em Lorena, no Vale do Paraíba. O acidente ocorreu por volta das 2h40, na Alameda Geraldo F. de Oliveira. O motorista do carro envolvido no atropelamento fugiu do local sem prestar socorro.
Identificado como Claudio Mauro Pinto, o motociclista estava pilotando uma Honda CB 300R preta. Segundo informações, a filha de Claudio foi avisada por uma vizinha que seu pai havia sido levado ao hospital em estado grave pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Quando ela e sua irmã chegaram ao hospital, foram informadas sobre o acidente.
Ainda de acordo com relatos, Claudio estava sem capacete e, possivelmente, parado conversando com alguém quando foi atingido por um carro em alta velocidade. A família ressalta que essa informação é apenas uma suposição baseada nos dados fornecidos pelo SAMU, e não há confirmação se ele estava parado ou em movimento no momento do impacto.
O boletim de ocorrência descreve que o veículo envolvido é um VW Gol CL branco, ano 1992, com placa do município de Resende. Apesar do carro ter sido identificado, o motorista ainda não foi localizado e é tratado como autor desconhecido.
A filha de Claudio, ao visitar o local do acidente, encontrou um para-choque com a placa do carro na pista, que foi recolhido como prova. O hospital havia anotado o número da placa e se comprometeu a compartilhar essa informação com a família.
A família também está buscando imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos à Alameda Geraldo F. de Oliveira, acreditando que essas filmagens podem conter registros do acidente ou da fuga do motorista. Como o atropelamento aconteceu de madrugada, eles esperam que moradores que escutaram a colisão também possam fornecer informações relevantes.
A filha de Claudio informou que não encontrou o capacete do pai no local do acidente, o que levanta questões sobre o que pode ter acontecido antes do atropelamento, já que ele sempre utilizava o equipamento de segurança.
Após os primeiros atendimentos médicos, Claudio não sobreviveu e seu corpo foi enviado ao IML (Instituto Médico Legal) para exames. O procedimento inclui a realização de um exame necroscópico e toxicológico, realizado pela Funerária Nossa Senhora de Fátima. A motocicleta do aposentado também precisará passar por perícia para verificar danos e marcas de impacto, ajudando na investigação.
O caso de Claudio é um dos vários acidentes graves registrados na região. Nos últimos tempos, outros casos ocorreram, inclusive um ciclista que morreu após ser atropelado por um ônibus e um motociclista que se envolveu em um acidente com um caminhão.
Casos como este são classificados como homicídio culposo na direção de veículo automotor, onde não há intenção de matar, mas a morte ocorre devido à imprudência, negligência ou imperícia no trânsito. A legislação prevê penas mais severas quando o motorista abandona o local sem prestar socorro, por exemplo.